Graça, de Max Lucado

Max Lucado é um sucesso editorial, com mais de 80 milhões de livros vendidos. Seus títulos costumam aparecer em listas dos mais vendidos, inclusive nas do The New York Times, USA Today, e outras. Além de escritor de mais de 70 títulos, é pastor e serviu como missionário no Rio de Janeiro por cinco anos.

Confesso que não costumo ler seus livros. Se bem me lembro, li Nas Garras da Graça (recomendo) e, recentemente, Graça: mais do que merecemos, maior do que imaginamos. Nos dois casos, fui atraído pelo título, e neste último, o livro também foi um presente. Não estou dizendo isso para desmerecer o autor, de forma alguma, apenas que ele publica um gênero que não me atrai muito.

O livro é composto de duas partes. Na primeira, temos 11 capítulos curtos e uma conclusão, a segunda é um guia do leitor, escrito por Kate Etue, que destaca um trecho de cada capítulo, sugere passagens bíblicas seguidas de perguntas para meditação, motivo de oração e dica para aplicação prática. Voltemos para a primeira parte.

Como dissemos, os capítulos são curtos, inspiradores mas nada profundos, geralmente iniciados com um fato conhecido pelo autor, a título de ilustração, seguidos de um episódio do ministério de Jesus, do qual Max extrai lições sobre a graça de Deus, aplicando-as pastoralmente a situações que o leitor pode estar passando ou vir a passar. Alguns dos aspectos relacionados à graça são transformação, perdão, descanso, serviço, confissão, confiança, alegria, etc.

Não é um livro teológico, tecnicamente falando. Portanto, não tem uma ênfase soteriológica e fica longe das disputas teológicas sobre a graça, embora os dois últimos capítulos, "Filhos escolhidos" e "Céu: garantido" possam sugerir uma posição do autor, sendo este último uma defesa da segurança eterna dos crentes.

Certamente alguns gostarão mais do livro do que eu. E outros acharão que não vale a pena lê-lo. Para estes últimos asseguro que como livro de inspiração cristã é uma boa leitura, com passagens comoventes que justificam o termo "graça maravilhosa". Além de que, se o livro não é teológicamente assertivo, tampouco faz uma representação errada da graça de Deus, quer dizer, não enfatiza os aspectos doutrinários da graça, mas não os nega nem contradiz. Merece as horas gastas na leitura.

LUCADO, Max. Graça: mais do que merecemos, maior do que imaginamos. Rio de Janeiro: Tomas Nelson Brasil, 2012. 226p


SEJA O PRIMEIRO A

Postar um comentário

"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

Sua leitura deste post muito me honrou. Fique à vontade para expressar suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. A única exigência é que seja mantido o clima de respeito e cordialidade que caracteriza este blog.